quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Serpentes peçonhentas

Tipos de reprodução:

Ovíparo: animais cujo embrião se desenvolve dentro de um ovo em ambiente externo sem ligação com o corpo da mãe.

Vivíparo: animais cujo embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe, numa placenta que lhe fornece nutrientes necessários ao seu desenvolvimento e retira os produtos de excreção.

Tipos de dentição:

Áglifa

Tipo de dentição característico das serpentes sem aparelho inoculador de peçonha. Os dentes são maciços, sem canal inoculador de peçonha. Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição. Exemplos: sucuri, jibóia, etc.

Opistóglifa

Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Exemplos:falsa-coral, muçurana, etc.

Proteróglifa

Apresentam dois dentes inoculadores de peçonha na parte anterior do maxilar superior, de carácter marcadamente forte, não retráteis. Exemplos: coral-verdadeira e serpentes marinhas.

Solenóglifa

Possuem dois dentes retráteis, inoculadores de uma potente peçonha de caráter neurotóxico, hematóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, a peçonha é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser Humano. Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de peçonha maior do que uma serpente da família das proteróglifas. Isso agrava ainda mais a conseqüência da picada. Exemplos: cascavel, jararaca, surucucu, urutu, etc.



Cobra coral – Micrurus corallinus

Nome popular: Cobra coral, Coral, Boicorá

Nome científico: Micrurus corallinus

Dentição: proteróglifa

Alimentação básica: serpentes, lagartos serpentiformes

Reprodução: ovípara

Tamanho: 0,60 metros

Hábitat: mata

Atividade: diurna

Serpente de hábito subterrâneo. Vive sob o solo, sob o folhiço, em troncos em decomposição, entre raízes e pedras. Não é agressiva, não dá bote, oferece perigo somente quando manuseada. Sua presa de veneno é fixa e pequena e localizada na parte anterior da boca, por isso morde ao invés de picar.


Cobra coral – Micrurus frontalis

Nome popular: Cobra coral, Coral, Boicorá

Nome científico: Micrurus frontalis (Complexo)

Dentição: proteróglifa

Alimentação básica: serpentes

Reprodução: ovípara

Tamanho: 0,80 metros

Hábitat: campos e cerrado

Atividade: diurna

Serpente de hábito subterrâneo. Vive sob o solo, sob o folhiço, em troncos em decomposição, entre raízes e pedras. Não é agressiva, não dá bote, oferece perigo somente quando manuseada. Sua presa de veneno é fixa e pequena e localizada na parte anterior da boca, por isso morde ao invés de picar. Quando molestada esconde a cabeça junto ao corpo, levanta e enrola a cauda, dando a impressão de tratar-se da cabeça. Este é um comportamento defensivo e é usado por várias espécies, justamente para que a Coral tenha uma chance de morder enquanto o oponente se distrai com a cauda mais elevada


Urutu – Bothrops alternatus

Nome científico: Bothrops alternatus

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,20 metros

Hábitat: campos e cerrado

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. É uma das mais temidas, é reconhecida pelas manchas brancas laterais, em forma de cruz, que às vezes pode ocorrer na cabeça. Sua fama é maior do que ela merece. No dito popular “Urutu quando não mata, aleija”, o que em parte é verdadeiro, porque seu veneno destrói as células do local atingido, podendo causar até necrose. Mas este poder de ação é característico a todas as Jararacas, grupo do qual a Urutu faz parte


Jararaca do Norte – Bothrops atrox

Nome popular: Jararaca, Combóia, Cambéua, Cuambóia

Nome científico: Bothrops atrox

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores e outros mamíferos, aves, lagartos

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,50 metros

Hábitat: Matas, capoeiras e locais inundados

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Também ativa durante o dia. É a serpente peçonhenta mais freqüente da Amazônia. Possui grande poder de adaptação, suportando bem as alterações ambientais que estão ocorrendo e é a responsável pelo maior número de acidentes ofídicos da região.


Jararaca verde – Bothrops bilineatus

Nome popular: Jararaca verde, Jararaca-pinta-de-ouro

Nome científico: Bothrops bilineatus

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores, anf íbios

Reprodução: vivípara

Tamanho: 0,70 metros

Hábitat: Mata primária

Atividade: noturna

Serpente de hábito arborícola. Habita o interior da f loresta; e a sua coloração básica verde folha faz desta serpente um animal difícil de ser avistado, podendo inclusive, causar acidentes na cabeça.


Jararaca da seca –Bothrops erythromelas

Nome popular: Jararaca, Jararaca da seca

Nome científico: Bothrops erythromelas

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores, lagartos

Reprodução: vivípara

Tamanho: 0,60 metros

Hábitat: caatinga

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. É a única espécie de Jararaca que vive nas caatingas, procura abrigo nas touceiras de vegetação, onde encontra abrigo e alimento; há registro também de exemplares que foram encontrados nas margens de um dos poucos rios que há na região.


Cotiara – Bothrops fonsecai

Nome popular: Cotiara, Urutu, Jararaca

Nome científico: Bothrops fonsecai

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 0,70 metros

Hábitat: Matas da Serra da Mantiqueira

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Distribuição restrita às áreas altas com domínio de Araucária na Serra da Mantiqueira, muito comum na região de Campos do Jordão e arredores.


Jararaca ilhôa – Bothrops insularis

Nome popular: Jararaca ilhôa

Nome científico: Bothrops insularis

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: aves, anf íbios

Reprodução: vivípara

Tamanho: 0,60 metros

Hábitat: Matas

Atividade: diurna e noturna

Serpente de hábitos terrícola e arborícola. Distribuição restrita a Ilha da Queimada Grande, um rochedo de granito a 335 km da costa do Estado de São Paulo – Peruíbe. Tem 430 mil m2, com um terço desta área coberta com vegetação típica da Mata Atlântica. Com duas estações distintas: uma seca e outra muito úmida. Não há fontes naturais de água doce, os animais bebem água da chuva, acumulada em poças, folhas ou bromélias. Não há mamíferos na ilha, o que levou B. insularis a se especializar em capturar aves, anfíbios e até lacraias e outras serpentes para sua alimentação. Seu veneno é muito mais tóxico que as outras Jararacas do continente. Habita exclusivamente esta ilha e explora tanto as árvores (até 2 metros de altura) como a superfície do solo




Jararaca -Bothrops leucurus

Nome popular: Jararaca

Nome científico: Bothrops leucurus

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 0,80 metros

Hábitat: mata

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Espécie endêmica da Mata Atlântica, entre Pernambuco e o sul do Espírito Santo. Atualmente tem sido encontrada em regiões onde tem ocorrido desmatamento para dar lugar às atividades agrícola.


Jararaca -Bothrops jararaca

Nome popular: Jararaca

Nome científico: Bothrops jararaca

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,00 metros

Hábitat: Matas

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola, mas também explora arbustos. Ao longo de sua distribuição apresenta variação de colorido. No Sul e Sudeste é a serpente peçonhenta mais comum e responsável pela maioria dos acidentes ofídicos. Apresenta grande versatilidade às mudanças ambientais, sendo comum também ao longo do cinturão verde (produção de hortaliças, leguminosas, frutas ao redor das cidades) e outras áreas de ocupação humana.


Jararacuçu -Bothrops jararcussu

Nome popular: Jararacuçu

Nome científico: Bothrops jararacussu

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores, anfíbios

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,50 metros

Hábitat: Matas

Atividade: diurna e noturna

Serpente de hábito terrícola. É uma das maiores serpentes do grupo da Jararaca. Por ser de porte grande consegue inocular muito mais veneno que as outras e portanto, causar acidentes com conseqüências muito mais graves, inclusive com casos fatais


Caiçaca -Bothrops moojeni

Nome popular: Caiçaca, Jararacão

Nome científico: Bothrops moojeni

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores, lagartos

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,50 metros

Hábitat: cerrado

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. É uma das serpentes mais agressivas do grupo da Jararaca. A distância do bote das serpentes corresponde a aproximadamente 1/3 do seu comprimento. A Caiçaca desfere sue bote mais para o sentido vertical, podendo atingir desta forma partes mais altas do corpo de uma pessoa.


Jararaca pintada -Bothrops neuwiedi

Nome popular: Jararaca pintada, Jararaca do rabo branco

Nome científico: Bothrops neuwiedi (Complexo)

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho:

0,80 metros

Hábitat: cerrado

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Com ampla distribuição geográfica, apresenta diversas subespécies, com grande variação de desenhos e cores.


Cascavel – Crotálus duríssus cascavélla

Nome popular: Cascavel, Maracabóia, Boicininga

Nome científico: Crotalus durissus cascavella

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,50 metros

Hábitat: caatinga

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Também ativa no crepúsculo. Possui um calo ósseo na extremidade da cauda que, a cada troca de pele origina um anel queratinizado. Estes anéis possuem um sistema de encaixe formando, depois de algumas trocas, um guizo. Cada anel do guizo não representa um ano de vida da Cascavel, mas sim uma muda de pele. Podem ocorrer várias trocas de pele num único ano. A maioria das serpentes agita a cauda quando irritadas. Como possuem o guizo, produzem o som característico de chocalho. Acredita-se que a função do guizo esteja relacionada ao mecanismo de defesa da Cascavel. No Brasil só há uma espécie de Cascavel e cinco subespécies. Esta é a que ocorre nas caatingas nordestinas. Em virtude do desmatamento descontrolado, a Cascavel do nordeste, já é encontrada em alguns pontos do litoral próximo a Salvador na Bahia.


Cascavel Crotalus durissus collilineatus

Nome popular: Cascavel, Maracabóia, Boicininga

Nome científico: Crotalus durissus collilineatus

Dentão: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,50 metros

Hábitat: cerrado

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Também ativa no crepúsculo. Possui um calo ósseo na extremidade da cauda que, a cada troca de pele origina um anel queratinizado. Estes anéis possuem um sistema de encaixe formando, depois algumas trocas, um guizo. Cada anel do guizo não representa um ano de vida da Cascavel, mas sim uma muda de pele. Podem ocorrer várias trocas de pele num único ano. A maioria das serpentes agita a cauda quando irritadas. Como possuem o guizo, produzem o som característico de chocalho. Acredita-se que a função do guizo esteja relacionada ao mecanismo de defesa da Cascavel. No Brasil só há uma espécie de Cascavel e cinco subespécies. Esta é a que ocorre principalmente no Centro Oeste e parte de Minas Gerais e São Paulo


Cascavel – Crotalus durissus terrificus

Nome popular: Cascavel, Maracabóia, Boicininga

Nome científico: Crotalus durissus terrificus

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: vivípara

Tamanho: 1,20 metros

Hábitat: cerrado

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. Também ativa no crepúsculo. Possui um calo ósseo na extremidade da cauda que, a cada troca de pele origina um anel queratinizado. Estes anéis possuem um sistema de encaixe formando, depois de algumas trocas, um guizo. Cada anel do guizo não representa um ano de vida da Cascavel, mas sim uma muda de pele. Podem ocorrer várias trocas de pele num único ano. A maioria das serpentes agita a cauda quando irritadas. Como possuem o guizo, produzem o som característico de chocalho. Acredita-se que a função do guizo esteja relacionada ao mecanismo de defesa da Cascavel. No Brasil só há uma espécie de Cascavel e cinco subespécies. Esta é a que ocorre principalmente nas áreas abertas de São Paulo até o Rio Grande do Sul. Em virtude do desmatamento descontrolado, esta Cascavel já é encontrada em algumas áreas alteradas, originalmente com cobertura de mata, adaptando-se bem a elas.




Surucucu – Lachesis muta

Nome popular: Surucucu, Surucucu-pico- de- jaca

Nome científico: Lachesis muta

Dentição: solenóglifa

Alimentação básica: roedores

Reprodução: ovípara

Tamanho: 2,50 metros

Hábitat: mata

Atividade: noturna

Serpente de hábito terrícola. No Brasil temos uma espécie com duas subespécies, L.m.muta na Amazônia e L.m. rhombeat a na Mata Atlântica. Também é encontrada na América Central. É a maior serpente peçonhenta das Américas. Vive exclusivamente em áreas floresta das de solo úmido, abrigando-se durante o dia no oco de troncos, entre as raízes salientes das árvores e em tocas abandonadas



Extração do veneno:

Para produzir soros é essencial obter venenos adequados e os do Butantan são considerados padrões de qualidade e referenciais na dosagem dos soros para pesquisas científicas no Brasil e no exterior.

Alguns soros produzidos pelo Instituto Butantan:

Antibotrópico - para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.
Anticrotálico - para acidentes com cascavel.
Antilaquético - para acidentes com surucucu.
Antielapídico - para acidentes com coral.
Antibotrópico - laguético - para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.




Extração do veneno através de compressão das glândulas


Evite acidentes:

Geralmente as cobras picam do joelho para baixo, o uso de botas de cano alto evita até 80% dos acidentes, botinas e sapatos evitam até 50% dos acidentes. Mas antes de calçá-los, verifique se dentro deles não há cobras, aranhas ou outros animais peçonhentos.
Proteja as mãos, não enfie as mãos em tocas, cupinzeiros, ocos de troncos, etc. Use um pedaço de pau.


Apesar de serem cobras peçonhentas, não se deve mata-las. Elas fazem parte de um ecossistema, predam animais e também são predadas, mantendo assim um equilibrio natural. Os humanos não deve interferir nessa ordem.


Sites utilizados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oviparidade

http://pt.wikipedia.org/wiki/Viviparidade

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipos_de_denti%C3%A7%C3%A3o_em_serpentes

http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&biw=1280&bih=608&q=denti%C3%A7%C3%A3o+de+serpentes&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=lFflTKOfHYH88Aa71LGfDQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=3&ved=0CDQQsAQwAg

http://www.scribd.com/doc/1034585/serpentes-brasileiras-peconhentas-butantan

http://www.guiabutanta.com/butantan/extracao.htm

http://www.guiabutanta.com/butantan/vacinas.htm

http://www.guiabutanta.com/butantan/dicas.htm

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&q=extra%C3%A7%C3%A3o%20de%20veneno%20de%20serpentes&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1280&bih=608

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